O Buddha
Buda (sânscrito-devanagari: बुद्ध,
transliterado Buddha, que significa Desperto, Iluminado, do radical Budh-,
"despertar") é um título dado na filosofia budista àqueles que
despertaram plenamente para a verdadeira natureza dos fenômenos e se puseram a
divulgar tal redescoberta aos demais seres. "A verdadeira natureza dos
fenômenos", aqui, quer dizer o entendimento de que todos os fenômenos são
impermanentes, insatisfatórios e impessoais. Tornando-se consciente dessas
características da realidade, seria possível viver de maneira plena, livre dos
condicionamentos mentais que causam a insatisfação, o descontentamento, o
sofrimento.
Sidarta nasceu no ano de 560 aC e era filho de um rei do povo
Sakhya que habitava a região da fronteira entre a Índia e o Nepal. Buda viveu
durante o período áureo dos filósofos e um dos períodos espirituais mais
incríveis da história; foi contemporâneo de Heráclito, Pitágoras, Zoroastro,
Jain Mahavira e Lao-Tsé.
No palácio, a vida de Gautama era cercada de conforto e paz.
Casou e teve um filho, mas vivia totalmente protegido de contato com o
exterior, por ordem de seu pai. Uma tarde, fugindo dos portões do palácio, o
jovem Gautama viu 3 coisas que iriam mudar sua vida:
Um ancião que, encurvado, não conseguia andar e se apoiava
num bastão, um homem que agonizava em terríveis dores devido a uma doença
interna, um cadáver envolvido num sudário de linho branco.
Essas 3 visões o puseram em contato com a velhice, a doença e a morte, conhecidas como
“as três marcas da impermanência", e o deixaram profundamente abalado.
Voltando para o palácio, ele teve a quarta visão: um Sadhu, um eremita errante
cujo rosto irradiava paz profunda e dignidade, que impressionou Gautama a tal
ponto que ele decidiu renunciar à sua vida de comodidade e dedicar o resto de
sua vida à busca da verdade.
Abandonando o palácio, ele seguiu de início a senda do
ascetismo, jejuando até que se convenceu da inutilidade destas práticas, e
continuou sua busca. Durante 7 anos esteve estudando com os filósofos da região
e continuava insatisfeito. Por fim, em uma de suas viagens, chegou a Bodh Gaya,
onde encontrou uma enorme figueira e tomou a resolução de não sair de lá até
ter alcançado a iluminação. Durante 49 dias ele permaneceu sentado à sobra da
figueira, em profunda meditação, transcendendo todos os estágios da mente até
atingir a Iluminação, um estado chamado nirvana. Desde então foi chamado de
Buda (o que despertou) ou Shakyamuni (o sábio dos shakyas). Seus ensinamentos
nascidos dessas experiência são conhecidos como o Caminho do Meio, ou
simplesmente o dharma (a lei). Do momento em que atingiu o nirvana, aos 35 anos
de idade, até sua morte, aos 80, Buda viajou ininterruptamente por toda a
Índia, ensinando e fundando comunidades monásticas.
Buda ensinou o dharma a todos, sem distinção de sexo, idade
ou casta social, em seu próprio idioma, um dialeto do nordeste da Índia,
evitando o sânscrito empregado pelos hinduístas e eruditos, que era um símbolo
de uma casta que não significava sabedoria, pois os brâmanes tinham cargos
hereditários. Costumava recomendar a seus discípulos que ensinassem em suas
próprias línguas, de forma que a doutrina foi ficando conhecida em
vários países.
Suas últimas palavras
foram: “A decadência é inerente a todas as coisas compostas. Vivei fazendo de
vós mesmos a vossa ilha, convertendo-vos no vosso refúgio. Trabalhai com
diligência para alcançar a vossa Iluminação”.
Fonte:
http://www.brazilsite.com.br/religiao/budismo/bud02.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Buda