quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O Saco de Carvão

O pequeno Zeca, um menino de oito anos, entra em casa, após a aula, batendo forte os pés no assoalho. 
Seu pai ao ver aquilo chama o menino para conversar e 
Zeca fala irritado:

-Pai, estou com muita raiva do Juca, ele me humilhou na frente dos meus amigos. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola. Desejo tudo de ruim para ele.

Caminham até o quintal da casa onde o pai guardava um saco cheio de carvão.
Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:

-Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra.
O varal com a camisa estava longe e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa.
O pai que espiava tudo de longe se aproxima e pergunta:

-Filho como está se sentindo agora?

- Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:

-Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

Ao se ver na frente de um grande espelho, Zeca toma um susto.
Só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.
O pai, então lhe diz ternamente:

-Filho, você viu que a camisa quase não se sujou. Entretanto, olhe só para você! O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras, que viram ações e tornam-se hábitos.
Moldam o seu caráter controlando o seu destino

Autor Desconhecido