Médiuns são criaturas de sensibilidade aguçada, que podem registrar a presença de espíritos e podem, também, transportar-se para o Plano Espiritual e descrever cenas e fatos. Podem ouvir espíritos e emprestar seu corpo físico para servir de veículo de manifestação temporária de espíritos desencarnados.
O fato de o indivíduo ser médium não lhe confere, necessariamente, a coroa de santificação. Médium é apenas um trabalhador da verdade que, quanto mais moralizado e evangelizado for, melhor terá condições de servir ao próximo e de ser veículo de espíritos superiores. Médiuns existem no Espiritismo e fora dele. O Espiritismo não inventou os médiuns; a Doutrina Espírita procura educar, orientar, ajudar o médium a cumprir fielmente o preceito cristão de "dar de graça aquilo que de graça recebemos".
Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos.